quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Aproveitando a Primavera
Embora não tenhamos no hemisfério sul e principalmente no Nordeste brasileiro as estações tão bem definidas como no Norte, gosto de prestar atenção nas mudanças que ocorrem na passagem de cada uma delas. Aquí costumamos dizer que temos apenas duas estações: a do sol, cujo início é festivamente comemorado no dia 7 de setembro (inclusive com a abertura da temporada de praia), e a da chuva que inicia mais ou menos depois do Carnaval e que corresponde a Outono e o Inverno juntos.
Realmente o nosso Outono passa quase despercebido. Quase não há aquela característica que faz com que esta estação seja também chamada nos países de língua inglesa de "Falls" (queda) e que refere-se à mudança total das folhas das árvores e que dá aquele colorido tão belo no chão abaixo e ao redor destas. Aquí no Nordeste é a mais chuvosa das estações. Ao contrário do que se pensa, nosso inverno apesar de ter temperatura mais amena e uma chuva fininha quase incessante é também permeado de aparições solares o que, junto com a humidade, faz tudo mofar e cheirar desagradável.
Definitivamente, não gosto do Inverno. Exceto pelo cenário de festas juninas, as comidas de milho e o forró (o legítimo pé-de-serra, não essa "coisa" que empestou por aí), o inverno me lembra muito minhas pontualíssimas crises mensais de asma da infância e adolescência e que não sei porque não me mataram precocemente.
Mas quando as chuvas cessam e o sol seca o chão na segunda quinzena de setembro, a chegada da Primavera nos faz esquecer o "tenebroso" inverno e enche o cenário de cores e aromas por todos os lados.
Talvez por ter vindo ao mundo na Primavera, adoro flores e frutas. Gosto de observá-las, fotografá-las plantá-las colhê-las e tê-las no jardim nos vasos, sobre a minha mesa.
Gosto também dos pequenos animais e aves (como os beija-flores, por exemplo), que acasalam nesta estação e complementam a sua grandiosa beleza.
E, pra completar, gosto da tradução do "poetinha" Vinícius de Moraes de que a Primavera torna fáceis os amores impossíveis.
Por tudo isso e por estarmos a apenas dez dias de seu final, presto por estas fotos mais um tributo a minha estação preferida.
sábado, 25 de outubro de 2008
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Sobre mulheres e flores
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
A Primavera chegou
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Lançamento
Wolney Mororó traz à luz mais uma de suas criaturas: Causos e crônicas do que vi e ouvi dizer
Quem estiver no Recife amanhã (10.07.08) deve conferir às 19:00 no SITRAJUF (Sindicato dos Trabalhadores da Justiça Federal) o que esse sertanejo da Floresta com andanças por todo o sertão, Cariri e agreste (e litoral também), acumulou entre fatos e boatos. O local do lançamento fica na Rua Marques do Pombal, 32 - Santo Amaro (próximo ao SESC com acesso pela Av. Visconde de Suassuna).
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Alguma dúvida?
A campanha do Sport Club do Recife na Copa do Brasil foi irretocável . O Leão não tomou conhecimento dos poderosos que se atravessaram em sua frente e caminhou célere à conquista.
Com todo respeito a todos os adversários, estava escrito nas estrelas que este título seria nosso.
E por falar em estrelas, dá licença que vou mandar bordar mais uma dourada em minha camisa.
E que venha a Taça Libertadores das Américas 2009! O Leão está faminto!
Parabéns equipe, diretoria e torcida. Mais uma vez o Brasil está aos nossos pés!
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Lux III
E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos.
E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra; e assim foi.
E fez Deus os dois grandes luminares: O luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas.
E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra, e para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu Deus que era bom.
E foi a tarde e a manhã, o dia quarto.
Gênesis: Cap. 1 - versículos 3 a 5 e 14 a 19
Lux II
domingo, 27 de abril de 2008
Frase
Amadurecimento : É quando você deixa de considerar o sexo como o prato principal e passa a considerá-lo "a sobremesa". - Rubem Padrão
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
A tarde
O dia quando amanhece
Convida à disposição
Ao matutino oferece
Ventura e compensação
A tarde chega bem mansinha
Desliza nas sombras presentes
Trazendo outra claridade
Com pouco já se fez ausente
Se chove, molha o asfalto
Fazendo subir o vapor
No ar deixa a umidade
Do clima rouba seu calor
Revela todo o esplendor
Já finda a obrigação
Pra trás deixa o mormaço
Aos pés da escuridão
Presenta à prata lusco-fusco
A noite, que é de calmaria
Consagra toda uma jornada
Com a brisa do fim do dia
Wolney Mororó
O dia quando amanhece
Convida à disposição
Ao matutino oferece
Ventura e compensação
A tarde chega bem mansinha
Desliza nas sombras presentes
Trazendo outra claridade
Com pouco já se fez ausente
Se chove, molha o asfalto
Fazendo subir o vapor
No ar deixa a umidade
Do clima rouba seu calor
Revela todo o esplendor
Já finda a obrigação
Pra trás deixa o mormaço
Aos pés da escuridão
Presenta à prata lusco-fusco
A noite, que é de calmaria
Consagra toda uma jornada
Com a brisa do fim do dia
Wolney Mororó
Pessoa - Carlos Laerte - junho 1988
O cigarro e a tecla,
lúdicos companheiros na histeria absolutista
dos meus delírios poéticos
tão em mim buscando fuga,
se me agradam tão somente por vaidade,
descrevo o cigarro e apago a tecla.
Pode haver vida textual
se na minha ficção não absorvo poesia?
Irrealidades imagino
mas isso não compõe existência,
ordenando-me em linha reta me fragmento
puro deslize, inútil ensaismo filosófico,
verdadeiro desassossego.
Mas, há outro cigarro e as teclas
uma a uma
transfiguram-se em irriquietos heterônimos
chamando-me abusivamente à vida
pouco a pouco
finjo-me pessoa
me permito amigos estranhos,
ali no mesmo canto, prazerosamente,
ombro a ombro
convivendo em mim quando penso existir.
Marco inutilmente encontros,
colóquios, mesa de bar.
Em conjunto
firmamos projetos
votamos concordatas
porém desculpam-me a todo instante:
a pressa dos dias,
a angustia das noites
sempre há um motivo para as faltas.
Talvéz, se remarcarmos aquele tão desejado encontro,
aquele do bar, lembra?
Não há jeito
o apelo em mim
tão de mim buscando
é só espera.
São demais os intérpretes,
e o tempo se encarrega desencontradamente
dos meus originais,
ora espalhados ombro a ombro entre o cigarro e as teclas;
ora espelhados entre pessoa e pessoa, na metade que busco entender.
Ontem tive uma idéia que o outro não viu nascer.
Apaguei rapidamente o cigarro
ascendí à tecla
e fantasiado
pessoalmente em pessoa
cheguei em mim tão inteiro e absoluto
que da minha aldeia me fiz rei
coroado e aclamado por muitos,
cortejado e possuído por muitas
que pensava não existir.
E foi tão grande a festa
tão profunda a sesta
que ao despertar deste encanto
num conto renascí.
Lá me contaram uma história de um certo rei
despótico de si
abusivamente reinou anos a fio
construindo avenidas
tecendo paralelas
e por coincidência
pura coincidência
não lembro se era noite ou dia
sendo deposto por conta
e em contos
num motim organizado sabe-se lá por quem,
lá pras bandas da transversal do tempo.
Há! O que pode pessoas em motim?
lúdicos companheiros na histeria absolutista
dos meus delírios poéticos
tão em mim buscando fuga,
se me agradam tão somente por vaidade,
descrevo o cigarro e apago a tecla.
Pode haver vida textual
se na minha ficção não absorvo poesia?
Irrealidades imagino
mas isso não compõe existência,
ordenando-me em linha reta me fragmento
puro deslize, inútil ensaismo filosófico,
verdadeiro desassossego.
Mas, há outro cigarro e as teclas
uma a uma
transfiguram-se em irriquietos heterônimos
chamando-me abusivamente à vida
pouco a pouco
finjo-me pessoa
me permito amigos estranhos,
ali no mesmo canto, prazerosamente,
ombro a ombro
convivendo em mim quando penso existir.
Marco inutilmente encontros,
colóquios, mesa de bar.
Em conjunto
firmamos projetos
votamos concordatas
porém desculpam-me a todo instante:
a pressa dos dias,
a angustia das noites
sempre há um motivo para as faltas.
Talvéz, se remarcarmos aquele tão desejado encontro,
aquele do bar, lembra?
Não há jeito
o apelo em mim
tão de mim buscando
é só espera.
São demais os intérpretes,
e o tempo se encarrega desencontradamente
dos meus originais,
ora espalhados ombro a ombro entre o cigarro e as teclas;
ora espelhados entre pessoa e pessoa, na metade que busco entender.
Ontem tive uma idéia que o outro não viu nascer.
Apaguei rapidamente o cigarro
ascendí à tecla
e fantasiado
pessoalmente em pessoa
cheguei em mim tão inteiro e absoluto
que da minha aldeia me fiz rei
coroado e aclamado por muitos,
cortejado e possuído por muitas
que pensava não existir.
E foi tão grande a festa
tão profunda a sesta
que ao despertar deste encanto
num conto renascí.
Lá me contaram uma história de um certo rei
despótico de si
abusivamente reinou anos a fio
construindo avenidas
tecendo paralelas
e por coincidência
pura coincidência
não lembro se era noite ou dia
sendo deposto por conta
e em contos
num motim organizado sabe-se lá por quem,
lá pras bandas da transversal do tempo.
Há! O que pode pessoas em motim?
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Flor da Paixão
Os franceses chamam o maracujá de "fruit de la passion" . O maracujá "do mato" ou "maracujá brabo" como o chamam os nativos mostra na beleza de suas flores a razão desse título. É difícil ver essa maravilha da natureza e não se apaixonar. Em São Severino de Gravatá elas aparecem nas cercas dos sítios atraindo abelhas, beija-flores e nossa atenção.
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