quarta-feira, 4 de abril de 2007

Teus Filhos - Gibran Khalil Gibran

Teus filhos não são teus filhos

São filhos e filhas

Da ânsia da vida por sí mesma

Eles vêm através de tí mas não de tí

E embora vivam contigo

A tí não pertencem

Podes dar-lhes teu amor

Mas não teus pensamentos

Pois eles têm seus próprios pensamentos

Podes abrigar seus corpos

Mas não suas almas

Porque suas almas

Moram na mansão do amanhã

Que não podes visitar

Nem mesmo em sonhos.

Podes esforçar-te por ser como eles

Mas não procures

Fazê-los semelhantes a tí.

Porque a vida não recua

E não se demora nos dias passados.

Tu és o arco do qual teus filhos

Como flexas vivas são disparados

O arqueiro mira o alvo na senda do infinito

E estica o arco com toda sua força

Para que suas flechas

Se projetem rápidas para longe

Que a tua inclinação na mão do arqueiro

Seja para a alegria

Pois assim como ele ama a flexa que voa

Também ama o arco que permanece equilibrado

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