segunda-feira, 29 de junho de 2009

Mais Um!


Parecia que um certo equino sul africano iria roubar a cena mais uma vez mas a Canarinha mostrou como vai chegar à Copa 2010: "na ponta dos cascos". Os sul africanos que se preparem pra fazer mais uma festa maravilhosa (de preferência sem aquela cornetinha chata), o espetáculo fica por conta de Dunga & Cia. A propósito: Sob o título de "Oremos", o site do OLé (jornal esportivo argentino) fez o seguinte comentário ao lado das fotos do jogo final: "Brasil ganó la Copa Confederaciones. Perdía 2-0 la final, en el ST se enojó y lo dio vuelta, 3-2 a Estados Unidos. No para de ganar el equipo de Dunga, que es el próximo rival argentino en las Eliminatorias: que Dios nos ayude". Amén hermanos, ustedes necessitan!

domingo, 28 de junho de 2009

Tu és Pedro!


Ei-lo como o imaginou o pintor alemão Peter (Pedro)Paul Rubens que nasceu em um dia 28 de junho (1577) e por isso recebeu o seu nome. Entre nós, São Pedro significa o final do ciclo junino; a última oportunidade de festejar e se esbaldar nas comidas da época, soltar fogos e dançar forró. Outra dessas, só "paruano". Então aproveita, pega seu par, afasta os móveis e sai dançando. Antes porém, vai na fonte e toma uma pra esquentar que o inverno chegou pra valer. São Pedro com sua chave fecha o ciclo e abre as portas do céu pra chuva cair e o vento soprar. Estou subindo a serra pra aproveitar o restinho da canjica e da pamonha da Ruinha. Esse ano, de calçamento novo, a festa está pegando fogo e só termina na cinza da fogueira de São Pedro. Na volta conto como tudo encerrou. Inté!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Sétima cartela do Tangram


Atenção! - Pra copiar as cartelas anteriores do jogo (1 a 3) ou as regras e as peças, vá lá embaixo em "Postagens mais antigas" e vá procurando.

The book is on the table!

Quer aprender inglês? Seus problemas acabaram! Chegou o JS English Course. Aprenda inglês com o técnico carioca Joel Santana (também conhecido como Joel Sócana), no comando da seleção da República Sul Africana, explicando o comportamento da equipe diante do Iraque. Não entendeu nada? Muita calma nessa hora. O pessoal do SPORTV está aí pra ajudar. Vamos nessa!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Retrocesso ou "eu já ví esse filme"

Enquanto o mundo avança em tecnologia e conhecimento, exigindo cada vez mais formação técnica especializada, o Supremo Tribunal Federal do Brasil dá uma passo atrás ao abolir a exigência da formação universitária para o exercício da profissão de jornalista. Nem o argumento de que a exigência do diploma foi criada pelo regime militar para afastar dos meios de comunicação os "intelectuais" contrários ao regime, nem a alegação de que a exigência do diploma não garante que notícias inverídicas sejam veiculadas, nem mesmo a tese da "livre expressão" justificam, ao meu ver, a abolição da exigência. A constituição também garante o "direito de ir e vir" mas nem por isso deixam de existir locais onde a circulação de pessoas é restrita. Será que o "livre direito de expressão" alegado pelo relator Gilmar Mendes inclui, por exemplo, apologia ao uso e tráfico de drogas, à pedofilia ou ao terrorismo? Exercer a profissão de jornalista em orgão de comunicação de circulação massiva requer sim, ao contrário do que pensam os oito ministros do STF que aboliram a exigência, formação técnica específica, responsabilidade no trato da informação e, principalmente, ética. Estes requisitos só são possíveis dentro de uma categoria profissional organizada e regida por normas de conduta específicas. Não se pode confundir o "livre direito de expressão" que pode (e deve) ser praticado de diversas formas e o exercício de uma profissão cujo objetivo é informar de maneira séria e responsável, fatos que podem, sim, alterar de maneira drástica o comportamento de uma sociedade e provocar consequências imprevisíveis. Considere, por exemplo, uma edição extraordinária de um telejornal de grande audiência informando que uma barragem se rompeu ou que o governo acabou de decidir confiscar novamente as cadernetas de poupança, ou mesmo que aviões da força aérea da Venezuela(por exemplo), estariam a caminho do Brasil armados com ogivas nucleares. Ambos os fatos noticiados de forma irresponsável poderiam desencadear imediata comoção social e provocar resultados dramáticos. Não é a toa que o jornalismo está incluido na área de comunicação sociaL. O compromisso com a informação correta e responsável vem antes de tudo. Imagine agora esta profissão sendo exercida por pessoas sem o menor compromisso com estas regras éticas ou, pior ainda, movidas por interesses outros inconfessáveis. A mim parece que tal decisão atende principalmente a duas categorias bem distintas: Os políticos mal intencionados a quem o olho e a boca da imprensa incomodam sobremaneira por dificultar (e em alguns casos) impedir suas artimanhas maléficas ao país e ao povo, e os empresários do setor de comunicação que têm grande interesse em "pulverizar" a organização e consequentemente a força da categoria profissional dos jornalistas e assim controlarem a seu bel prazer, salários, jornadas e condições de trabalho. Advirto porém que, o que pode parecer vantagens pode se transformar em prejuizo. A desarticulação da profissão pode significar o descrédito total das instituições jornalísticas e consequentemente o desvio das verbas publicitárias para outros canais "mais confiáveis". Ainda é cedo para avaliar totalmente as consequências desta decisão mas uma coisa já dá pra dizer: o fato representa um imenso atraso. Acho a "falsa democracia" pior do que qualquer ditadura. Melhor é saber quem é o inimigo, onde ele está e como age do que confiar em alguém ou algo (pessoa ou instituição) e ser apunhalado pelas costas. Em todos os regimes de excessão ou em ocasião de golpes institucionais, a primeira atitude é amordaçar a imprensa (vide Irã, Venezuela, Coréia do norte, China). Dizer que não vão "proibir" os cursos de jornalismo ou que os empresários podem exigir formação para seu staff são emendas bem piores que o soneto (parece até piada). Num mundo onde manda o dinheiro e não o compromisso com a qualidade, qual instituição educacional/capitalista teria interesse em manter um curso universitário"desnecessário" ou qual empresário desejaria contratar um profissional qualificado, sindicalizado e organizado em categoria profissional, podendo usar "qualquer um" pra fazer o mesmo serviço sendo explorado indiscriminadamente? Que tal então defender que para ser ministro do supremo bastaria (com todo respeito aos cozinheiros e costureiros) fazer um curso de corte e costura ou de arte culinária? Não faz sentido, não é? Por favor senhores ministros, não me processem. Estou apenas exercendo meu direito de "livre expressão".

terça-feira, 16 de junho de 2009

Um tributo a Marinês

Há pouco mais de dois anos (maio/2007), o cancioneiro popular brasileiro/nordestino perdia aos 72 anos de idade, vítima de complicações de um AVC, Inês Caetano de Oliveira, a cantora de xote, xaxado e baião entre outros ritmos,Marinês. Pernambucana de São Vicente Ferrer (zona da mata norte) e contemporânea de Luiz Gonzaga, Sivuca e Jackson do Pandeiro, Marinês foi a maior referência feminina no forró e precursora de intérpretes importantes da música regional como Elba Ramalho, Amelinha, Cristina Amaral, Nádia Maia, entre muitas outras. Talvez o fato de ser mulher, o que no nordeste de 50 anos atrás fazia grande diferença, ou de não ter a comunicação fácil que tinha o "Rei do Baião" que sempre mostrou ser excelente "marqueteiro", tenham inpedido Marinês de ter tido a projeção nacional e internacional que teve Luiz Gonzaga. Na música e no carisma pra cantar e agradar ao público, foram iguais. Costumo dizer que Marinês era a versão feminina de "seu Luiz". No início dos anos 50 do século findo, chegou a acompanhar Luiz Gonzaga em shows com sua banda "Patrulha de Choque do Rei do Baião" formada com o marido sanfoneiro Abdias e o zabumbeiro Cacau, abrindo as apresentações de Gonzaga. Em 1956 formou o grupo "Marinês e sua gente"com o qual fez longa carreira e gravou inúmeros trabalhos individuais e em parceria com artistas contemporâneos seus e mais jovens como Jorge de Altinho, Fagner e Alceu Valença. Marinês deixou uma grande saudade mas seus trabalhos ficaram regisrados e estão aí pra nos alegrar nestas festas juninas. Eis sua discografia:

Quadrilha é bom/quero ver xaxar (1957) Sinter 78 Peba na pimenta/Pisa na fulô (1957) Sinter 78 Xaxado da Paraíba/O arraiá do Tibiri (1957) Sinter 78 Aquarela nordestina/Saudade de Campina Grande (1958) Sinter 78 Menina nova/Perigo de morte (1958) Sinter 78 Marieta/Velho ditado (1959) Sinter 78 Mais um pau-de-arara/Balanço da saudade (1960) Sinter 78 Viúva nova/História de Lampeão (1960) RCA Victor 78 Chegou São João/A banda do Zé (1960) RCA Victor 78 Saudade do Nordeste/Depois da Asa Branca (1960) RCA Victor 78 Nova geração/Lá choveu (1960) RCA Victor 78 O Nordeste e seu ritmo (1960) RCA LP Gírias do Norte/Cadê o Peba (1961) RCA Victor 78 No terreiro da Usina/Marinheiro (1961) RCA Victor 78 Maria Chiquinha/Corina (1961) RCA Victor 78 Outra vez Marinês (1961) LP Siriri, sirirá/Meu beija-flor (1962) RCA Victor 78 Xote de Pipira/Gavião (1962) RCA Victor 78 Marinês e sua gente (1962) Camden LP O balanceio da usina/Pisei no liro (1963) RCA Victor Xote melubico/Macaco véio (1963) RCA Victor 78 Coisas do Norte (1963) RCA LP Siu, siu, siu (1964) RCA LP Maria Coisa (1965) RCA LP Meu benzim (1966) RCA LP Marinês (1967) RCA LP Mandacaru (1968) RCA LP Vamos rodar roda (1969) RCA LP Sonhando com meu bem (1970) RCA LP Na peneira do amor (1971) RCA LP Canção da fé (1972) RCA LP Só pra machucar (1973) RCA LP A dama do Nordeste (1974) RCA LP A volta da cangaceira (1975) CBS LP Nordeste valente (1976) Entré LP Cantando pra valer (1978) Copacabana LP Atendendo ao meu povo (1979) CBS LP Bate coração (1980) CBS LP Estaca nova (1981) CBS LP Desabafo (1982) CBS LP Só o amor ilumina (1983) PolyGram LP Tô chegando (1986) RCA LP Balaio de paixão (1987) RCA Victor LP Feito com amor (1988) Continental LP Marinês, cidadã do mundo (1995) BMG CD Marinês e sua Gente. Raízes do Nordeste (1998) Copacabana/EMI Marinês e sua Gente-50 anos de forró (1998) BMG CD Marinês (2000) BMG CD Cantando com o coração (2003) Independente CD

Agora aumente o volume do multimídia e curta Marinês e seus parceiros.


Marinês e o grupo paraibano Clã Brasil - Parceria com artistas jovens

segunda-feira, 15 de junho de 2009

De olho no Barro

Fotografia com status de obra de arte

Ontem descobri mais um bom motivo pra visitar o bairro do Recife aos domingos além do "Sopa de Auditório", a feirinha da Bom Jesus, os ensaio de alfaias, os bares e restaurantes, o shopping e o Parque das Esculturas: Está rolando desde o dia 05 de junho e até o dia 30 de agosto no Instituto Cultural Banco Real (Av. Rio Branco, 23 -térreo) com entrada "free" , uma bela exposição do fotógrafo parisiense Pierre Fatumbi Verger (1902 - 1996). Considerado um dos mais importantes fotógrafos do século passado, Verguer esteve em Pernambuco em 1947 e nessa viagem foi a Caruarú e documentou Mestre Vitalino e sua obra em várias etapas. Desde o preparo do barro, a confecção, a queima, a pintura e a comercialização na famosa feira. Registrou também outros aspectos da vida do mestre como a convivência em família e sua participação nas famosas bandas de pífano. A mostra intitulada Arte do barro e o olhar da arte, reune além das fotografias de Verger pertencentes ao acervo da Fundação Pierre Verger, vídeos, livros, DVD sobre a obra do Photographer e uma trilha sonora "remasterizada" com execuções de Vitalino e seu pífano. Em três datas (uma já passada), as demais 08 de julho e 08 de agosto, acontece o seminário Encontro com Manuel Vitalino Histórias e memórias de Mestre Vitalino sob a coordenação de Raul Lody, antropólogo, museólogo e curador da exposição. Um excelente programa de fim de semana e de férias. Mais informações sobre a mostra e o fotógrafo em: http://www.pierreverger.org/


sábado, 13 de junho de 2009

Salve Santo Antônio, salvem as encalhadas!

Na minha infância em Coqueiral, existia na minha vizinhança um cidadão cujo prenome não sei até hoje mas como era militar, era conhecido como Sargento Anchieta. Pois bem, sargento Anchieta era uma pessoa célebre nas redondezas durante o ciclo junino, principalmente nas comemorações em louvor a Santo Antônio. Provavelmente cumprindo promessa, ele promovia em sua casa, todos os anos, celebrações diversas em homenagem ao santo que incluiam novenas, salva de fogos, hasteamento, troca e queima de bandeira. Parte da rua também era adornada com bandeirinhas, estrelas e balões bem típicos da época. Palhas de coqueiro em forma de arco com uma estrela grande iluminada em sua parte mais alta, eram colocados na entrada e na saída da rua (ou vice-versa). Gambiarras com centenas de lâmpadas e Cornetas de som (auto-falantes) nos postes, completavam o cenário que se Jessier Quirino visse, diria que era "cagado e cuspido, paisagem de Interior".
Mas acontecia no suburbio que, na época (anos 60 do século XX), era um pouco interior.
O legal mesmo é que através dessas "cornetas" conhecí Jackson do Pandeiro, Gordurinha, Luiz Gonzaga, Marinês, Coronel Ludugero, Ari Lobo, Elisete Cardoso, enfim, todas estes importantes representantes do nosso cancioneiro popular, além de inúmeros outros nomes que não poderia lembrar todos nesse momento.
A cultura chegou pra mim assim; meio que forçada. Como meus pais eram evangélicos dos mais sectários (não ouvia nem prounciava esta palavra desde o movimento estudantil), a cultura popular como a música "profana" era matéria proibida em casa. Eu mesmo aprendia a cantá-las porque as cornetas do sargento as enfiava ouvido a dentro de qualquer cidadão num raio de alguns quilômetros e daí, aprender a cantar por lavagem cerebral era só uma questão de tempo, mas só as interpretava fora de casa ou no chuveiro (baixinho pra meus pais não ouvirem), caso contrário o couro comia literalmente.
Mas valeu à pena.
Outra hora eu conto como foi minha relação com outras manifestações culturais como cinema, literatura, folguedos, etc.
Por enquanto, vamos arrastar o pé, queimar rodinha, soltar peido de véia, tomar cachaça e soltar a franga que o forró começou.
Viva Santo Antônio minha gente!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Vão contando aí. Quarta cartela do TANGRAM

Se você chegou agora e ainda não sabe o que é TANGRAM vá lá embaixo nas Postagens mais antigas e veja as peças, as regras e as primeiras cartelas.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

E o velho Hércules se renova e resiste!

C-47 ou Douglas DC-3 - o Pioneiro

C-130 Hércules - Ainda Titular

Uma experiência inesquecível


Hércules do 1º Esquadrão do 6º Grupo de Aviação - Recife 1972


Hércules do 1º Esquadrão do 1º Grupo de Transporte - Rio de Janeiro

Acompanhando pela imprensa (principalmente a TV) as operações da Força Aérea Brasileira (em conjunto com a Marinha do Brasil) na busca e resgate do que restou da tragédia do vôo AF447, percebe-se entre os equipamentos um velho senhor cinquentão que tal qual o herói greco-romano que lhe deu a alcunha, parece ter se tornado imortal e cada vez mais forte. Seu nome de batismo é Lockheed C -130 mas é seu apelido que melhor define seu perfil e seu desempenho: Hércules. Tenho com essa aeronave uma história paralela que, acho, merece ser contada. Em primeiro lugar, nascemos quase na mesma época; ele um ano depois de mim. Na minha infância em Coqueiral, nossa casa ficava na linha de pouso da pista 15 da Base aérea (antes utilizada como pista principal dos Guararapes) e eu assistia diariamente a passagem já em altitude de aproximação, de todos os vôos que chagavam a Recife. Uma das minhas diversões preferidas era identificar pelo som dos motores qual avião se aproximava. Chegávamos a apostar. Sempre tive um certo fascínio por aviação e isso certamente foi o principal motivo que me levou a quebrar uma tradição. Sou o quarto dos sete filhos homens da família e o primeiro e único a prestar o serviço militar, não pelo patriotismo (apenas) mas, principalmente, pela admiração que sentia pela arte de voar. Um dos aviões que mais lembro de ter visto passar sobre minha cabeça foi justamente o antecessor do Hércules, o Douglas DC-3 ou -C-47 (na nomeclatura militar), conhecido também por Skytrain (trem do céu). Esse bimotor (a gasolina), assim como seu sucessor, também se configura como uma lenda da aviação mundial. Seu apelido vem de seu interior arredondado (como os vagões de trem antigos) e suas duas fileiras de assentos duplos (passageiros) ou um amplo baú para cargas de múltiplas aplicações. O C-47 tinha uma característica interessante: assim como fazem até hoje as pequenas aeronaves, decolava primeiro a parte traseira pra depois levantar o resto da fuselagem. Foi, depois do Hércules, a aeronave de transporte mais utilizada na aviação mundial e, até hoje, de vez em quando, se vê um deles se exibindo por aí. No Brasil, além de bastante utilizado na aviação civil, prestou relevantes serviços no Correio Aéreo Nacional. E aí vieram os Hércules. Quadrimotores turbo-hélice (propulsão a querosene), preparados para pousos de assalto (pista curta) por isso mesmo com asas acima da fuselagem e com capacidade de carga, velocidade e operacionalidade infinitamente superiores ao velho Skytrain seu antecessor, essas verdadeiras maravilhas da indústria aeronáutica foram (e ainda são) tão revolucionários que resistem "heroicamente" ao tempo (são 55 anos desde o primeiro vôo em 1954) com a saúde de um jovem e certamente ainda não tem sucessor a altura. Antes de me alistar na Força Aérea eu só o conhecia como conhecia os demais aviões: De ver passar. A partir de 1972 quando fui transferido como soldado de 1ª classe, do Parque de Aeronáutica para o 1º Esquadrão do 6º Grupo de Aviação sediado na Base Aérea do Recife, passei a realizar um sonho de infância: Me aproximar e conviver diariamente com essas máquinas fantásticas e suas destemidas e heróicas tripulações. O "Primeiro do sexto", assim chamada internamente a unidade que operava com três aeronaves C-130 Hércules, atuava principalmente em missões de aero-fotogrametria (mapeamento por fotografia aérea sincronizada) e busca e salvamento. Passar a conviver naquele ambiente fazia me sentir como um menino que foge de casa com uma caravana de circo. Realizado e feliz. Dormir num Hangar sobre botes salva-vidas infláveis, para-quedas e kits de sobrevivência, entre outros equipamentos aeronáuticos, era uma experiência tão excitante que compensavam com folga a fadiga da pesada rotina militar de soldado e os entreveros eventuais com superiores hierárquicos. Melhor ainda era estar de serviço quando eles chegavam de uma missão distante, "invadir" a geladeira de bordo pra "capturar" as caixas de lanches não consumidas pela tripulação e depois se "espalhar" na poltrona do comandante e curtir o visual do aeroporto da outra margem da pista, com os potentes binóculos que haviam na cabine. Além disso, vez por outra, éramos convocados a participar de um treinamento de lançamento de fardos (de sobrevivência) sobre alvos dispostos no campo. Aí sim, era demais. Estar a bordo com a rampa traseira do avião aberta e participar diretamente das operações era uma experiência ímpar, uma aventura pra não esqucer jamais e eu certamente nunca esquecí. A sensação era de estar num vagão de trem que voava. Ver do alto de forma panorâmica a cidade, o mar o porto, Olinda, era como um sonho. Ainda durante o serviço militar, acompanhei a chegada na Base dos Hércules do 1º do 1º GT sediados no Rio de Janeiro, que traziam da França desmontados em suas "barrigas" os supersônicos Mirage que equipariam a defesa do Planalto Central, sediados em Anápolis - GO.Dez anos após ter deixado a FAB (1983) ainda tive mais uma experiencia envolvendo esse avião: Em visita à Base e a amigos que lá deixei, tive a oportunidade de me aproximar de quatro Hércules a serviço do governo da Líbia que transportavam armas para a Nicarágua (em guerra civil) que fizeram um pouso forçado (por pane) e ficaram detidos aqui pelo Governo Brasileiro durante dois meses. Como dá pra ver, minha história "cruzou" várias vezes com a história do Hércules. A imponência do Hércules pelo seu tamanho, potência e versatilidade, até hoje me deixa admirado. Por isso, quando o vejo operando em suas missões "do bem" ou ouço o ruido de suas turbinas como um trovejar repentino, sinto saudades do curto tempo em que convivemos e entendo um pouco do que se passa na mente e nos corações daqueles tripulantes em seu interior, principalmente quando cumprem a nobre missão de resgatar às famílias atingidas por tamanho sinistro, o direito digno de sepultar seus mortos e, mais que isso, ajudar a entender os fatos acontecidos, minimizando a possibilidade de voltarem a acontecer. E quando eu falo na versatilidade do Hércules, vale ressaltar que este avião, entre outras coisas, pode ser utilizado em missões tão diversas quanto importantes como se transformar num hospital, lançar de pára-quedas tratores para construção de estrada em localidaes críticas, lançar água potável e alimento a populações isoladas, pousar e decolar em pistas curtíssimas utilizando foguetes acoplados, além de ser a maior aeronave capaz de pousar e decolar no gelo utilizando esquís como trem de aterrisagem. Apesar de também ser uma arma de guerra com um considerável poder de destruição (e isso não se pode esquecer), o C-130 Hércules em suas missões não bélicas pode ser ( e tem sido), um grande e útil instrumento na construção da paz, da solidariedade, da humanidade e da ciência humana. Está para sempre, sem dúvida, inserido entre as mais impressionantes úteis e indispensáveis máquinas inventadas pelo homem.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Ai que saudade d'Ocê!

Beija-flor - pastel seco sobre papel - 1999

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Terceira cartela do Tangram

Namoro que deu certo

Maciel Melo e Petrúcio Amorim: pense num namoro que deu certo! O sertão com o agreste, a letra com a música. A composição com a interpretação. O mel com a cabaça. A fome com a vontade de comer... ...e por aí vai. E com uma "palhinha" do poeta Jessier Quirino, assista ao cenário de amor de Petrúcio em plena paisagem de interior de Jessier interpretados pelo "caboclo sonhador" Maciel.

Quem gosta repete


Pois é pessoal, gostei do que ví e ouvi lá na Torre Malakoff há oito dias o voltei ontem pra saborear um pouco mais. Ontem foi a vez de dois "Maciéis": O Melo, menestrel do Pajeú com seu carisma, seu sorriso sempre aberto, sua inteligência privilegiada pra compor canções de amor belíssimas que bem a propósito abrem esta semana do dia dos namorados.
O outro, o Salú, herdeiro e continuador por genética e consequência da sapiência e do talento do saudosíssimo mestre Salú que soube como ninguém transformar sofrimento em glória.
Desse jeito Roger vai ter que achar um lugar maior pra suas "armações" domingueiras. A "baixadinha" da torre não comporta mais a "bombada" do seu programa.
Se liga aí pessoal que a sopa tá rolando e cada vez mais bem temperada. Vale muito a pena experimentar!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Sopa aos domingos


Uma boa opção de lazer aos domingos à tarde no Recife é o programa "Sopa de Auditório" comandado por Roger de Renor na área externa da Torre Malakoff. Priorizando atrações de excelente qualidade, principalmente as da cena local, o programa traz também, vez em quando, artistas nacionais e internacionais. Debates sobre temas diversos de interesse geral como drogas, abôrto, democratização das mídias e incentivo à cultura, entre outros, tabém fazem parte da pauta do programa que é transmitido ao vivo pela TV Universitária-PE canal 11 das 16 às 18h. A entrada é Free mas é bom chegar cedo pois a cada domingo aumenta o interesse do público e, consequentemente, a lotação do local que não é muito amplo.

Paralelamente acontecem diversos outros eventos no bairro do Recife como ensaio de maracatús, feirinha de artesanato, visita a embarcações e, pra quem gosta, a sofisticação do Paço Alfândega.

Pra quem não tem programa no domingo à tarde e não quer ficar de saco cheio com as babaquices do "Faulastrão", um pulo ao bairro vai fazer bem. Lembrando ainda que as passagens de ônibus aos domingos custam a metade do preço da semana ou seja: R$0,95 no anel A com direito a integração ao Metrô. Falta de grana então não é motivo. Vamos lá!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Viva São João!


E junho chegou!

No nordeste brasileiro o mês de junho é o período do ano mais alegre e festivo. O interiorano (matuto, agrestino ou sertanejo),e mesmo suburbanos como eu que passei grande parte da minha vida de criança e adolescente entre a cidade e o campo, aguardamos com ansiedade este período que, apesar dos transtornos causados pelas chuvas e consequentemente pela umidade e o frio, aflora a esperança do agricultor com a colheita do milho e a celebração aos santos Antônio João e Pedro.
Na verdade o ciclo junino para a agricultura inicia-se no dia 19 de março (Sâo José), que é o dia de plantar o milho. Segundo a lenda, se chover nesse dia, a safra será boa e a colheita abundante.
a festa de São João é a maior e mais concorrida pois representa o auge do ciclo mas sem dúvida a celebreção mais cercada de mitos e mistérios é a dedicada a Santo Antônio, o santo casamenteiro. Os ritos dedicados ao santo (ou ao objetivo dos ofertantes), são muitos e não cabe aquí enumerá-los ou mesmo tecer comentários a respeito. O certo é que todas as práticas decorrentes desse "culto" destinam-se a um só objetivo: casar, sair do caritó (as mulheres), descolar (os homens), tirar o dedo do...(todos). E aí, coitado do santo. Até posto de cabeça pra baixo dentro dágua é, na obrigação que lhe dão de facilitar as coisas pra se sair da donzelice. Ninguém merece!
Por isso mesmo, a véspera do seu dia(12 de junho)é o dia dos namorados.Pela lógica, ninguém casa sem namorar (embora eu ache que uma coisa nada tem a ver com a outra). Mas deixando a polêmica de lado, coisa boa mesmo é namorar; e pra marcar o início do mês de junho, o ciclo junino e o dia dos namorados, aí vai esse belo desenho disney que ofereço a todos os pombinhos apaixonados.