
Mas acontecia no suburbio que, na época (anos 60 do século XX), era um pouco interior.
O legal mesmo é que através dessas "cornetas" conhecí Jackson do Pandeiro, Gordurinha, Luiz Gonzaga, Marinês, Coronel Ludugero, Ari Lobo, Elisete Cardoso, enfim, todas estes importantes representantes do nosso cancioneiro popular, além de inúmeros outros nomes que não poderia lembrar todos nesse momento.
A cultura chegou pra mim assim; meio que forçada. Como meus pais eram evangélicos dos mais sectários (não ouvia nem prounciava esta palavra desde o movimento estudantil), a cultura popular como a música "profana" era matéria proibida em casa. Eu mesmo aprendia a cantá-las porque as cornetas do sargento as enfiava ouvido a dentro de qualquer cidadão num raio de alguns quilômetros e daí, aprender a cantar por lavagem cerebral era só uma questão de tempo, mas só as interpretava fora de casa ou no chuveiro (baixinho pra meus pais não ouvirem), caso contrário o couro comia literalmente.
Mas valeu à pena.
Outra hora eu conto como foi minha relação com outras manifestações culturais como cinema, literatura, folguedos, etc.
Por enquanto, vamos arrastar o pé, queimar rodinha, soltar peido de véia, tomar cachaça e soltar a franga que o forró começou.
Viva Santo Antônio minha gente!
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