segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia Internacional da Mulher; que bom se ele não existisse!


Antes de mais nada, um grande beijo para todas as mulheres (até para as que não merecem beijo nenhum). Todas porém merecem atenção, carinho, educação, liberdade, respeito, dignidade, flores, chocolate, perfume, lingerie, cartão de crédito, carteira de habilitação, etc, etc, etc.
Quando digo que há mulheres que não merecem beijo nenhum é porque, de vez em quando, ouço notícias como a que ouvi já hoje no “Bom Dia Brasil” da TV Globo sobre duas mulheres que deixaram cinco crianças abandonadas, sujas e desnutridas pra irem pra uma balada. Mas felizmente estas são exceções e não diminuem em nada o valor dessas criaturas maravilhosas que foram projetadas para serem nossas parceiras e não adversárias e a prova disso é que nossos corpos (e em muitos casos as nossas almas) se encaixam direitinho. Já notaram?
Costumo comentar que cresci num universo bem diferente da maioria dos homens ou pelo menos com uma compreensão bastante diferente do universo feminino. Nunca reconheci, por exemplo, o termo sexo frágil como aplicado ao sexo feminino. Como assim, sexo frágil? A enorme maioria das mulheres que conheci durante minha vida foram pessoas fortíssimas. Minhas avós, minha mãe, irmãs, professoras, amigas , parceiras de amor e sexo, todas excepcionalmente fortes, carismáticas e determinantes. Há uma marca profunda deixada por cada uma delas na minha existência; nem todas de boa lembrança, claro, mas certamente todas com lições importantes a me ensinar.
Reconheço a importância de uma data comemorativa apenas como uma referência, um momento de reflexão, um balanço das conquistas e realizações, mas sou radicalmente contra todos esses “dia disso, dia daquilo, daquele ou daquela”. Gosto de aplaudir ações que considerem o ser humano, que unam e não que excluam. Em vez de se haver chegado à necessidade de se criar delegacias de proteção à mulher, por exemplo, porque não humanizar as delegacias “normais” incluindo as mulheres no efetivo e estimulando o respeito e a cooperação no próprio âmbito policial. Bem melhor, não?
Esta semana andava eu pela feira de Afogados quando vi uma senhorinha de pelo menos uns setenta se encaminhando à porta do motorista de um taxi estacionado. O meu lado burro (que impressionantemente sempre chega antes) pensou: O que faz esta senhora abrindo a porta do motorista do taxi? Aí veio o meu lado “menos burro” que demora mas também chega e respondeu: Ela “é” a motorista, seu idiota!
Não consigo entender quem ainda acha que existem profissões de homem e profissão de mulher. A gente tá vendo mulher por toda parte exercendo literalmente todas as profissões, funções e atividades. De comandante de aeronave a soldadora de estaleiro, de piloto de metrô a piloto de Fórmula 1, de mergulhadora a paraquedista, de cirurgiã a presidenta de repúblicas, de astronautas a lobistas.
E quando acho que seria bom que não existisse “Dia Internacional da Mulher” é porque acho que é injusto dedicar um dia só a quem está presente todos os dias de nossas vidas, às vezes de um jeito ruim mas quase sempre nos dando alegrias e satisfações, formando conosco uma parceria perfeita. Por isso sugiro a determinados movimentos ditos feministas que repensem a sua estratégia de ação. Em vez de apresentar homens e mulheres como competidores, mostre-os como parceiros. Em vez de ficarem tentando mostrar quem é mais forte, quem é mais sensível, quem exerce melhor certos trabalhos, mostrem que todos são capazes e que a união é a maior força do universo.
Neste 8 de março peço paz e não guerra. Peço reflexão mas sem comparação. A humanidade precisa aprender a solucionar problemas por outro caminho que não seja o do conflito, o do confronto. Nascemos para sermos parceiros e é assim que teremos de ser. Por esta razão prefiro unir minha saudação às mulheres a outra digamos, fora de época:
Com todos os defeitos que elas possam ter e, claro, com todas as virtudes que reconheço que elas têm, quero ter sempre uma mulher perto de mim, seja sob que pretexto for.
Vida longa a todas as mulheres e... ...paz na terra aos homens de boa vontade!

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